quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Alunos de 5ª Série não podem ser reprovados.



Alunos desta etapa já podem dizer “passei”. A orientação é da Secretaria de Estado da Educação.

Por Francieli Parenti

Os alunos de 5ª Série da rede estadual, mesmo com um boletim de notas baixas ou sem condições de passar de ano, devem ser aprovados. A ordem é da Secretaria de Estado da Educação.

Desde 2007, o MEC está aplicando um novo modelo pedagógico em todas as escolas públicas e privadas. O novo modelo amplia para nove anos o Ensino Fundamental, substituindo o sistema antigo de oito anos. Desde então, à medida que é implantado um ano do ensino de nove anos, extingue-se uma série do ensino de oito anos e as crianças que estão no sistema de oito anos, são passadas de ano, sem reprovação.

O objetivo do MEC é colocar mais crianças nas escolas e proporcionar mais tempo de escolaridade aos estudantes brasileiros que entram diretamente na 1ª Série, sem passar pela Educação Infantil. No modelo de nove anos, os conteúdos são aplicados de forma mais lúdica, valorizando as características de cada criança.

Em 2011, é a vez da 5ª Série deixar de existir na rede estadual e municipal. Entra em vigor o 5º Ano do Ensino Fundamental de nove anos, que não equivale ao ensino de 5ª Série. Não havendo série correspondente para os repetentes cursarem, foi tomada a decisão pelo Estado de não reprovar nenhum aluno. Com a extinção da 5ª série, os alunos se fossem retidos, cairiam no 5º Ano do novo modelo e cursariam dez anos de Ensino Fundamental.

Cabe às escolas adotar medidas para que o aluno aprovado com dificuldade acompanhe a nova série, o que significa mais trabalho e desgaste para o professor. Para uma professora de 5ª Série da rede estadual, que preferiu não se identificar, há muitos alunos que não estão preparados para passar de ano. “O trabalho do professor fica desmotivado e prejudica a evolução dos alunos, pois se esforçam menos”, ressalta a professora sobre a decisão de passar os alunos sem condições. Para ela, quem vai pagar o preço no futuro é a sociedade.



Ao contrário das redes municipais e estaduais de ensino, onde os dois sistemas coexistem até a transição completa, o Colégio Auxiliadora, maior colégio da rede particular de Campos Novos, optou por interromper a matriz curricular antiga (ensino fundamental de oito anos), em 2007. Irmã Maria Floriani, diretora do Colégio Auxiliadora, conta que a escola já alfabetizava os alunos de seis anos de forma lúdica como a nova proposta pedagógica do MEC, e apenas houve a mudança da nomenclatura das turmas, por exemplo, a 1ª Série passou a ser 2º Ano, e algumas adequações pela idade das crianças menores, que para o colégio não foi tão difícil, pois a maioria dos alunos estavam na idade.

As mudanças do novo modelo de ensino vai dos conteúdos aos professores. A principal delas é o novo ciclo de alfabetização - agora as crianças tem três anos para aprender a ler e a escrever e não são retidas caso não acompanhem o aprendizado. Antes, a alfabetização era feita na 1ª Série.

Outra mudança é trabalhar áreas de conhecimento como ciências da natureza, ciências humanas, linguagens e códigos e matemática de forma integrada. Antes os alunos tinham disciplinas isoladas: geografia, história, física, cada uma com um professor diferente. No novo modelo, o 5º ano é considerado o último das séries iniciais e conta com um professor somente. As crianças ingressam com seis anos completos ou a completar até 31 de Março. Antes, ingressavam com sete anos.

O importante de se discutir e refletir sobre esse assunto é se, realmente, essas mudanças estão melhorando o ensino nas escolas e se irão preparar melhor o aluno.

Um comentário:

  1. Gostei das informações. Mas tive que ler várias vezes pra entender. A escrita tá meio confusa. Tente reescrever a matéria se tiver tempo :)

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